domingo, 11 de maio de 2014

Os solteiros do séc.XXI

Até que idade podemos ser chamados de “solteiros”? Podemos ser solteiros para sempre ou temos obrigatoriamente que casar e ter filhos? Vejo muita gente por aí a gabar-se que vive muito bem sem alguém a quem chamar “parceiro” mas não sei até que ponto se sentem felizes. Quantas dessas pessoas não desejavam chegar a casa e ter alguém que lhes dissesse uma palavra carinhosa e lhes aquecesse os pés?

Estou a começar a chegar ao centro da questão. No meu ponto de vista há os solteiros por opção e os desgraçados que ninguém pega. Os solteiros por opção não têm paciência para planos a dois nem decisões em conjunto. Preferem estar sozinhos e aquecer os pés na lareira do que ter de estar constantemente a dividir a vida e os pensamentos com outra pessoa. Acredito que se sintam por vezes sozinhos e que sintam falta de ter alguém para partilhar um pacote de pipocas no cinema mas também sei que sabe muito bem estar “alapado” no sofá a devorar séries como se não houvesse amanhã.

Em relação aos desgraçados que ninguém lhes pega bem… Quanto a isso acho que não há muita solução possível. Podem sempre ter a sorte de encontrar um da mesma espécie e deixarem de ser desgraçados. Acho que os casais que estão juntos à 100 anos no fundo sempre foram uns desgraçados que assim que encontram o amor nunca mais o largam com medo de ter de evitar ir ao cinema para não terem de comer um pacote de pipocas sozinhos. Não é que isto seja uma critica mas não sei até que ponto continuam felizes como no primeiro dia em que viram a sua “cara metade”.

Os solteiros por opção são muito mais rebeldes. Quando encontram o amor, usam e abusam dele, mas acabam sempre por se fartar e deitá-lo fora, na esperança de voltar a ter a vida de solteiros que tinham antes.


Quando o universo junta solteiros por opção com solteiros por opção e desgraçados que ninguém lhes pega com desgraçados que ninguém lhes pega, o mundo continua a girar. O problema aparece quando se junta um solteiro por opção com um desgraçado. Quando isso acontece... bem acho que já se sabe o desfecho.


Joana Costa

1 comentário:

  1. Quando estamos bem com nos próprios, quando estamos felizes e satisfeitos com o que temos, quando estamos em paz e quando nos aceitamos ... a outra pessoa é só um acréscimo a tudo o que já temos, à nossa felicidade. Buscar nos outros algo que não temos é errado. Não preciso que ninguém me aqueça os pés nem diga palavras bonitas preciso de alguém que me faça ser ainda ser melhor, que me pegue na mão e que me leve a conhecer o universo.

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